A Cavaleira, o Trovão e o Dinossauro

Data 05/03/2013 23:26:22 | Tópico: Poemas -> Infantis



Cruzando uma floresta (sem sequer sair do quarto),
você é a Cavaleira corajosa e destemida
e eu, correndo (ali parado perseguindo sua ideia),
sou o Trovão, o seu cavalo (já montada em minha barriga).
Com um nome poderoso faço o tipo medroso
que conforta com o conselho (o que mais quero te ensinar):
"Pra não ter medo de nada" (a não ter medo da vida).

E vamos juntos galopando levando no porta-malas
(o que é estranho pra um cavalo) apetrechos pra acampar,
pois a estrada é tão comprida... (e sem planos de viagem
sempre acaba a brincadeira e eu não sei onde vai dar).

(Num rugido de criança) Aparece o dinossauro,
(a luz do quarto apagada) já de noite na floresta,
mas por sorte a barraca de titânio esta montada.
Protegidos! (eu sufocado ali debaixo da coberta).

(E comigo agarrada acreditando na história)
Lembra que é cavaleira e sua coragem quer provar,
e saindo da barraca da um tapa no tio Rex
que chorando (igual cachorro) hoje não vai mais voltar.

(Na verdade essa história já tomou tantos caminhos
que uma vez até o tio Rex virou nosso amigo,
foi depois de um raio lazer que o fez ficar bonzinho).

(Às vezes cansado, com os afazeres do pai,
sei que fujo do seu laço e não brinco com você.
É que às vezes até esqueço que o tempo esta passando
e por mais que eu não queira você logo vai crescer
e o destino do tio Rex, do Trovão, da Cavaleira,
é brincar na minha saudade e lá desaparecer.)


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Essa música conta a história de uma brincadeira minha (Trovão, meu nome de cavalo) e da minha filha (a Cavaleira).
Ela não gostou muito do final, pediu pra eu tirar a última parte da música. Só aceitou quando eu atendi ao pedido dela. Tive que colocar "E foram felizes para sempre" no final da música (Ela é quem fala).


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