Os maus são uma doença

Data 27/11/2006 21:00:00 | Tópico: Poemas

Poderia facilmente apontar uma série de pulhas
Mas iria incendiar o ar com um monte de faúlhas
Que não conseguiria controlar em tempo útil
Tornando a acção perigosamente fútil.
É disso que se valem para ficar impunes, os canalhas
Que acoçam os textos com muitas falhas e gralhas
Remetendo as regras para os ferros do desterro
Augurando-lhes um mais que certo enterro.
O pejo não me permite ceifar o que não quero
E é o meu adversário mais sincero,
Que me obriga a aplacar um espirito viperino...
Sorte, a dos facínoras, porque o sentido não é interino.
A parcimónia com que são tratados, os meliantes,
Deixa-nos mergulhados em perigos borbulhantes
Numa caldeira de desorganização quase corrupta
Que ameaça entornar-se de forma abrupta.
A necessidade premente de se moralizar
Com sentido e critério vai até ao altar
Para erradicar a corpo completo
Os erros que apareceram e o deixaram infecto.

Valdevinoxis



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