A Besta e a menina
Data 07/03/2013 18:19:41 | Tópico: Poemas
| Um simples fato ocorrido te deixa a pensar por horas e horas a fio! Maldita forma exemplar dos fatos transcorridos pela percepção vulgar de um simples adjetivo Meu sangue merece verter em cascata esplendida Para que possas admirar-te da beleza vermelha e rubra que escorre diante de teus pobres olhos Veste-me com este liquido longínquo e inodoro que mais parece com meu labor interferido Fostes belas por onde andastes, tens alma de belas paisagens. Viveste de amores sombrios, mas mataste a besta que por ti corria. Não enxergaste que o mal transcendeu da morte daquele que o único desejo verdadeiro era te ter a todo custo Pois ele preferiu morrer pelo corte da espada, do que abandonar teus singelos olhos a luz do luar. Um tolo havia lhe contado que por diligencia bastava que se cumprisse o trato A cabeça da besta ou coração flagelado da menina que dormia com cabelos esvoaçados. Mentiu para a menina, dizendo que ela deveria matar a única e verdadeira fonte de desejo carnal de sua afeição. A besta a desejou como minguem nunca havia lhe desejado. Mas a mente da menina estava tomada pela angustia de um futuro renegado, e assim fez. Tomou o corte a mão e fez-se silencio depois então abriu o peito e arrancou a cabeça do único ser que a amou Na verdade um único sussurro pode ser ouvido depois disso Seu pequeno coração palpitou assim: Virtude infalível de ti que mataste aquele que em ti abrigou seu temores Mostrou-te igual aos tiranos que riam dos lacaios que limpavam o deck sobe o Sol Mas a verdade mostra ser aquilo que é Depois deste acontecimento a menina foi vendida como mercadoria obsoleta Passou a trajar panos imundos e vestes horripilantes e sapatos de palha de qualquer Dizem que a besta vaga pelos campos à noite a balbuciar o nome da menina Já a menina foi se com o tempo, deve ter virado gente ou indigente. Pois não se encontra mais vestígio daquela pobre alma enganada Visto isto talvez questione quem foi que colocou no coração daquela pobre criança o sentimento de repulsa pela besta Quem foi o culpado? O ser esdruxulo mal amado? Ou a menina singela e gentil? Que transpassou o coração do ser vil Ao certo ninguém responderá, mas a vontade de fazer mal a quem nos quer bem não é somente uma epistola do passado. Mas afugenta as bestas que querem amar as meninas que carregam consigo uma espada Para ferir o coração do primeiro tolo gentil que tentar protege-la das más línguas ou somente da chuva que caí
"A Besta segue o odor que dela procede, mal sabes que esse cheiro um dia já teve silvos de rubor doce que não são amargos como os cravos que carrega atualmente. Mesmo desta forma a Criatura continuou seu caminho até encontrar, sim encontrou a lamina transpassando seu peito, e no exato momento de seus pensamentos sentiu o pescoço transpassar e agora rubro vermelho a jorrar e pensamentos incompletos a voar. Só concluiu que antes melhor fora, morrer pela mão da imaculada, sentir que pelo menos naquele momento havia sido peça importante para a menina. Mas a peça que fora concluiu com sua vida. A Besta morreu, enquanto a menina também, mas de outra forma, ali se esvaziaram valores e rumores. Pois a menina era merecedora da mais pura seda, e não do calor esbaforido da criatura que jaz morta e decapitada”
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