havia um poeta que ñão era poeta era a sombra da sua caneta pena tinta nanquim manchando o papel a preto golpeando a carne, das árvores ! com seus devaneios, existenciais ! rios caligráficos, das feridas ! inseridas nas páginas, cadernos! aflitos por uma suturação, poética ! mas o poeta que não era poeta escrevia para matar, a morte ! acendia estrelas no fundo, do mar ! apagava águas no cume , da luz ! depois, depois queimava , a lágrima ! com a emoção, peregrina ! e saía, para a rua ... com a alma gelada, de nua ! por fim deitava-se sobre o jardim, curvado ! prestes a cair em cima do outro lado do mundo ! ...