Eu já plantei mulheres em canteiros de poemas e nasceram prosas

Data 09/03/2013 22:15:42 | Tópico: Poemas



Pela raiz me castrei de todos os sonhos piratas

Caravelas bandidas que não tinham bandeira

Pareciam ouros mas eram somente pratas

As esmeraldas que brilhavam nessa fogueira


Perdi um dente de sangue numa estranha peleja

Ganhei um sino de bronze a catar badaladas

Trouxeram-me a cabeça do poema numa bandeja

E eu, sem ter Baptistas no nome, madrugadas


Caço-me de armas e armadilhas, sou um goraz

Tenho prosas na frente do que por ti almejo

E uma dificuldade quase imensa que me satisfaz


E se olho para os outros e é a ti que eu vejo

Então neste canteiro de ceifas, tu és Alcatraz

E eu, a mais ácida saliva que pode conter um beijo






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=243232