Ideal

Data 10/03/2013 00:41:41 | Tópico: Poemas

se (ainda) estou de pé é porque insiste em levantar-me. atenta-te! não vês que estamos sozinhos? mais ninguem lutará nossos planos com espadas nas mãos. minha caneca secou... e a tua, quanto ainda resta pra secar? peço-te: molha-me a lingua aos pouco e reserva-te aos meus olhos famintos e encurralados nas ruas e becos dos feridos. ainda me fumega na mão, uma chama. ajuda-me, que a outra mão espanta o vento e (meus) olhos não saram feridas e a boca murmura uma promessa. sê candeeiro, que este fogo é tênue e conto apenas contigo - nesta casa - tu e eu, sem nosso amor - sozinhos.


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