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Astaroth, uivo no fim do corredor. Folha grande que cai pendida em fita crepe. Anotações do pensamento livre e números da sorte. A morte é uma garrafa de vinho à beira do lago. O poema de antes escrito numa nota real. Dois. Entre o deus louvado e a tartaruga. Árvores do passado ganham vida e vêm apertar minha mão. Árvore falsa, de brinco, coberta de musgo e outras vegetações rasteiras. Não culpo a árvore mas tenho que odiá-la, agora, pelo atrevimento de vir meter os galhos em meu macaco. Essas árvores, antes gente, foram assaz indecentes (e ainda são). Mostram dentes de árvores, lívidas, como se gente ainda (mas não são). Eu ajoelho no tablado e rezo a São Jimi Hendrix pintado à guache em outro papel. Eu prego o retrato em outra árvore, para ferir a falsa, a ex-gente. Ora, deixem-me de vez, galhos torcidos de culpas. Afasta de mim tais raízes. Volte para onde floresça meu esquecimento.
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