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Para onde eu vou sem deixar nenhuma pista? Com qual dança devo pousar na fogueira de fênix e começar de novo? Quando é a reencarnação? Ouço os grilos e cigarras do funcionar do meu cérebro e o ventilador. Ventilo essas palavras para sobreviver. Para inventar que esse tempo de teclas e letras de dizer algo é tempo bom. Tornei-me um adicto de mentiras, mentiras do insante-já. Eu preciso ocupá-lo sempre com algo com algas com luzes 'vagalumes na poeira de neón'. Não posso suportar nem mais um daqueles vagos e brancos que me impõem o pensar e o peso pesado de conferir o legado, triste, da causa perdida. Não quero mais instantes brancos, supostamente ilesos, idôneos e pavorosos. Usarei toda coleção de trapos e retalhos de mentiras coloridas e verdades doloridas para costurar o 'grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências'.
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