Na inquietude dos ventos, abro meu livro.

Data 31/03/2013 18:16:21 | Tópico: Poemas

Da vida sou tessela, a compor a cor do mosaico.
 Não quero observa-la através dos dedos...
Nem pintar os sentimentos com o meu batom.

Não desejo ser adversária ao escárnio do tempo,
que em cada novo dia,  a cútis me transmuda.
Mas não por isso  pretendo tatuar de medo,
 minha pele de cetim .

Não modelarei  minha insatisfação
 no amarelo/torto do meu sorriso.
Nem sorverei a energia
 desgastada da efemeridade,
nos delirantes latejos de meus desejos.

Minha filosofia inevitável é de amar.
Nasci para amar, sei amar, amo,quero amar, 
e gosto de ser amada...
 E amando vou seguindo a subjetividade,
na beleza da vida.
Assim imagino-me: 
relevante pequena/história.

Pensando bem...  
Acho que só sei expressar o que imagino que sou,
mas,devo ser o meio termo ao que percebes de mim.
No meu céu descortinado de Deidade,
exalo fragmentos de solidão.
Nesta intensidade de minha  vã percepção.

Lufague



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