
Devaneio do poeta
Data 10/04/2013 21:27:38 | Tópico: Poemas
| Sou a alma que a natureza aflorou Geminada pelo grande sol Numa noite que a lua flamejou E o mundo perdera seu controle
Elegi o mar para meu berço E suas vagas para me embalar Nos sonhos em que rejuvenesço Despertando para tudo amar
Outrora flores me deram carinhos Anjos celestiais me vieram ver Para me emancipar dos espinhos Com que o inferno me quis fender
Porque meu íntimo è puro e imaculado Como Arco-íris a cintilar Que jamais pode ser abraçado Apenas eu o posso beijar
Este carcaça que me sobrecarrega Não è digna de tal vaidade Ela exclusivamente se encarrega De me ofertar a liberdade
Nutro-me da água da terra do ar e do fogo Sorvo frio, calor, beleza e amor Em controvérsia para meu desassossego Tenho um coração pleno de dor
Sou tudo quando não tenho nada E nada sou se tudo tiver Pois a vida por mim cruzada Nem a morte permite esquecer
Jazigo nos oceanos, nos desertos Cresço nos rios, nas florestas tropicais Pássaros me levam em destinos incertos Minhas escreves são rocha e muito mais
Nem o tempo me poderá apagar Ou infligir qualquer meta Não tenho esse corpo, mas posso sonhar Basta ter alma de poeta
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