não desistiu de caminhar (em nós) o amor

Data 16/04/2013 20:36:56 | Tópico: Prosas Poéticas

..
Quando pauso nos segundos
que me oferecem a vida,
pergunto-me, amado, o que
fazes (ainda) do meu lado,
segurando minhas mãos, detendo
teus olhos aos meus...?

As cores, hoje, se misturam
neste ocaso carregado de nós;
crepúsculo de tons (sobre)viventes
em céu esmaecido,
aguardando o sol partir...

(quem sabe o amanhã virá...)

Meu relógio em ti é objeto
supérfluo e o teu (em mim)
artefato bélico; campo de batalha,
nosso tempo, levando-nos guerreiros
para objetivos que, parecem não
mais ser sonhos... Nestas horas,
sinto falta de tua voz e percebo-a
alegre quando escuta a minha,
feliz por sabê-la a tua procura.

Abraça-me com tua ternura aquecida,
trejeito menino sempre sorrindo
na grandiosa compreensão e, invenção
de sabor à união.

Despe-se do orgulho ou vaidade
quando entrosa me em teu mundo
e despachas meus conflitos e...

dá-me paz

Daí a percepção;
afinidade não acabou
(apesar dos anos)
caindo em mim a verdade...

Amo-te, amo-te todo esse tempo!





Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=245964