COMO CÃO SEM OSSO
Data 13/12/2007 16:26:06 | Tópico: Sonetos
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Nascemos no deserto, como cão sem osso. Somos filhos da madrugada aqui proscritos. E há crianças loucas espectros de um poço Pra onde correm as águas e outros detritos.
Sim! é isso! somos todos rudes divergentes Esperando o próximo comboio, na estação. Deserdados, numa Terra de dor, indolentes Clamando o nome de Deus – ó provocação!
O grande lagarto banha-se ao sol de verão, E eu só queria saber o que se passa aqui… Quais os limites alcançados pela percepção.
O mundo está em fogo, há ruínas no teatro. Alguns salvaram-se, outros ainda ardem ali. E na rua um reboliço, de gente em aparato.
Jorge Humberto 07/12
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