FALTA DE ASSUNTOS

Data 20/04/2013 11:37:38 | Tópico: Sonetos


Sem assunto escrevo o inevitável,
Escarrando dos versos suas rimas,
E as condutas se tornam miserável,
O poema se faz vitima de chacina.

Onde haviam os enredos delirantes,
Restam agora os degredos aviltados,
As estórias nem sempre ressonantes,
Se desfazem num abismo assombrado.

Estas formas doentias se endoidecem,
Abstraem-se de ensejos inda delirante,
Reabastecem meus desejos ofegantes.

Para mim não há tal falta de assuntos,
Já que o vazio abastece todo universo,
E do abstrato derivam todos os versos.








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