
SOLIDÃO INEBRIADA DE BOEMIA.
Data 21/04/2013 05:22:05 | Tópico: Contos -> Minimalistas
| Chegou de sua maquinal rotina, sentou-se ao abraço de seu ordinário sofá. Viu através da escuridão da noite, um meio de saída do seu particular universo de confinamento. Nos raios de uma estrela cadente, viu quão fútil a idealização de sua vida.Banhou-se, na tentativa da água levar pelo ralo abaixo seus obscuros sentimentos. De súbito, vestiu-se num ‘pretinho básico’elevou sua autoestima de salto agulha, pintou os lábios de carmesim, perfumou-se de feromônios avant l’amour, pour femme. Caiu na libertinagem da noite, nos bares experimentou absinto, nas boates temáticas desvairadamente dançou, beijou bocas sem nomes, inebriou-se . [Nauseou-se de sua correta pseudomoralidade.] Olhou nos raios da manhã, sua insana/sensatez. Saiu da noite solidão, a seguir sua vida, em seu carro vermelho automático.
Lufague
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