Amanhã

Data 28/04/2013 18:13:57 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Pode muito bem ser o dia da minha morte
Ou, talvez até, o dia em que se decida a minha sorte
Mas, se amanhã
For, apenas, um dia igual a tantos outros
É porque a poesia, fruto da inspiração
Também se faz de rotinas, sem hesitação
Assim, ninguém sabe o que o espera o futuro
Que aí, já à porta, pode vir maduro
Feito de intuição e sabedoria
Ou, entrando de rompante
Jovem, instigante, louco e absurdo
Enfrentando um tempo que não lhe pertence
Porque, hoje, estagnado, de tão ignorado
Perdeu a esperança de, amanhã, talvez
Renascer para a vida, que nunca viveu
Preso a um passado, que não se deu conta
Mas, já prescreveu.

Maria Fernanda Reis Esteves
53 anos
natural: Setúbal



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