Sob pena de poesia

Data 29/04/2013 20:03:51 | Tópico: Poemas

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acorda me assim, todas as noites,
com farol forçando-me olhos
como tortura de inquisição
ricocheteando quem não
faz oração
sem absolvição pros
pensamentos, mutila
(me) com palavras.

curvo-me servil
peço clemência
com pulsos estendidos
e sigo covardemente
sob olhar vigilante
do carcereiro.

com os ombros curvos
subo o cadafalso
e entrego a cabeça
ao carrasco






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