
Lar.
Data 02/05/2013 20:15:09 | Tópico: Poemas
| Eu estava juntando os retalhos. Abri meu armário, corri pra pia Enxuguei os prantos Derramei felicidade pela casa Sujei a vida de alegria Mas organizei aquilo dentro do sobrado Fiz um puxadinho, dei uma arrumadinha lá no quarto Porque o primeiro já tinha acabado O Segundo passou como terceiro por mim. Mas quando vi o que tinha feito, não me arrependi Sorri, Sorri de Soar o vento com o nariz, pois havia pó Melhor rir, ri de mim, que gargalhava de sobrar Que como podia aparecer, uma alma tão serena Dentro de meu próprio lar, que costumava enxergar Montante de roupa que eu queimei, pra não lavar Já não me importava como ia aparecer Fiz florescer lá no jardim da esperança Uma flor de pura e solene forma Mas a casa simplesmente desabava enquanto caminhava Porém não procurei pelos erros ou defeitos Construí novo conceito, fiz com que o que já estava feito Novo parecesse, arrumei de conserto, meu novo pretexto Escrevi de novo na parede o que havia gritado Desenhei de forma natural seu proceder e seu olhar Que não me canso de guiar, até onde vá Voltei me para sala de estar, pois lá deveríamos ficar Ser, viver, morar, obter e vivenciar Os verbos nesta morada se renovam, mas o texto nunca é novo Inédito, somente minha ânsia por ti Que ainda não sei de que cômodo procede Eis que agora vamos juntar e refazer aqueles velhos alicerces Mas não nos privemos com os muros de reclamações Porque está casa está de portas abertas a quem queira visitar E observar, que realmente o lar, e a junção do meu ar com o seu Aquele que casa com asas, voa de maneira esplendida Já não pertenço mais a mim mesmo, sim a meu eterno lar Que este mundo tendes a privar, mas que convosco sempre estará.
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