Ode à Mulher
Data 03/05/2013 04:21:38 | Tópico: Poemas
| . o silêncio faz doer as pontas dos dedos quando a cor dos olhos das mães é a mesma cor da terra em que nascemos por isso choramos quando lembramos que estamos sós
e o nome desta cidade e a volta por cima do nome e a corda na língua da cama e a cama redonda a farsa e a máscara dos dias cinzentos e os ventos na ponta dos dedos e os gemidos na língua acesa e a mesa sem ti!
quando o mais fácil arde dentro do corpo a volúpia dos poetas e o coração dos mesmos somos nós que procuramos as sensações de conforto de outros tempos celestiais
e o nome desta cidade e a volta por cima do nome e a corda na língua da cama e a cama redonda a farsa e a máscara dos dias cinzentos e os ventos na ponta dos dedos e os gemidos na língua acesa e a mesa sem ti!
por isso choramos quando lembramos que estamos sós
as mulheres tiram os seus panos crus na hora incerta de uma canção quando os seus passos de fogo nus são o núcleo do grunhido vivo na hora incerta de uma canção
e o nome desta cidade e a volta por cima do nome e a corda na língua da cama e a cama redonda a farsa e a máscara dos dias cinzentos e os ventos na ponta dos dedos e os gemidos na língua acesa e a mesa sem ti!
por isso choramos quando lembramos que estamos sós
as mulheres amam as esculturas dos anjos o palato dos mesmos bocejando nos seus umbigos e nas suas coxas
as mulheres amam os seus umbigos as mulheres amam-se nas sombras dos pecadores amam as praças carregadas de pássaros quentes amam o vento nas penas dos pássaros quentes
e o nome desta cidade e a volta por cima do nome e a corda na língua da cama e a cama redonda a farsa e a máscara dos dias cinzentos e os ventos na ponta dos dedos e os gemidos na língua acesa e a mesa sem ti!
por isso choramos quando lembramos que estamos sós
as mulheres amam a vertigem do vento as mulheres amam a versatilidade do vento e a boca dos cavalos
e o nome desta cidade e a volta por cima do nome e a corda na língua da cama e a cama redonda a farsa e a máscara dos dias cinzentos e os ventos na ponta dos dedos e os gemidos na língua acesa e a mesa sem ti!
por isso choramos quando lembramos que estamos sós
o leite pálido das luas das unhas é a mão de todas as mãos que eu tenho e a cabeça escreve em surdina sol casa rosa mãe
e o nome desta cidade e a volta por cima do nome e a corda na língua da cama e a cama redonda a farsa e a máscara dos dias cinzentos e os ventos na ponta dos dedos e os gemidos na língua acesa e a mesa sem ti!
por isso choramos quando lembramos que estamos nós
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