
,já nem sei, ou desejo saber
Data 04/05/2013 18:34:17 | Tópico: Poemas
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,talvez quisesse sentar-me apenas no soalho, sim, seja.
(I)
, [alguns] homens são como cantos mal arrumados, símiles ao cantar da cotovia,
, [algumas] mulheres escondem-se em varandas esverdeadas sem flores, como as cinzas auroras do outono,
, esqueço-me de algumas palavras como dos brilhantes perigeus, ou dos nebulosos apogeus,
peregrinações, apenas existir, ser, ir, ,já nem sei, ou desejo saber.
(II)
,opróbrios desgarrados quais anjos que esvoaçam pelas rajadas do vento norte, desfazendo asas, quais pássaros loucos
desfazendo sonhos que se arrastam, vagarosamente, até adamastores escondidos,
indolentes benfazejos, fazem-me rir da alva inexistente, da súplica
que antecede procelas no meio do mar,
sem medos das lembranças.
(III)
, há [alguns] homens que fecham as portas com trancas, , há [algumas] mulheres que abrem o peito despido de pranto,
e sorriem, e os arrepios sucedem-se,
dirás; “quão suave o som da noite sem silêncio”.
(IIII)
,existiremos então? [já nem sei, nem desejo saber].
,que seja um texto de Francisco Duarte.
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