O regresso dos malditos

Data 16/12/2007 02:47:27 | Tópico: Poemas

A noite desperta da sua sonolência
deitada nas areias humedecidas
da sua própria corrente.
Quebra-se o verso
Vagido de letras transparentes
Lide pranto dilacerante
Metáforas luz
Copulam na lua poente gineceu.

Mas as glicínias nas floresceram
Os ciprestes por lá estão...
gládio escarneceu.

Abre-se as pálpebras da bruma
Desdobra-se a presença das cores.

A perfeita coincidência entre as cores e o pigmento
O leve bater das asas de uma nocturna borboleta.

Espiral alado de um mar turbilhão
A zona possível de duas realidades:
O regresso dos malditos
Tu e eu.




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