Hábitos texto
Data 18/05/2013 15:20:51 | Tópico: Poemas
| Hábitos (texto)
É engraçado e notório como se criam os hábitos e os personalizamos desde crianças, por vezes de pouca idade.
Geralmente, chuchar no dedo polegar e enrolar o cabelo no indicador ao mesmo tempo, como eu fazia, segundo me contaram. Tanta vez! Claro que eu jamais me lembraria disso com um anito ou dois de idade, mas há coisas que nos ficam para sempre e perduram, na memória. Não que hoje chuche no dedo mas o cabelo gosto de enrolar quando estou distraída e tenho o cotovelo apoiado, por exemplo, numa mesa. A minha filha mais nova que hoje tem cinquenta e cinco anos até aos dezoito conservou esse tique do dedo chucha. De noite quantas vezes a ouvimos no quarto, sugar num som patológico e dorminhoco. Ela como sempre muito descontraída achava graça e ria. Mas de muitos outros damos conta. O irritante piscar de olhos, mexer no nariz dar umas pancadinhas no parceiro, tantos que nem têm conta e que sem querer se repetem sem se dar por isso. Ora tirando à parte este real comentário que ninguém contestará pela vulgaridade. Existem alguns de rejeitar por princípio, o dizer mal de tudo e de todos. Será que as pessoas pensam que são únicas e completas?
Não! Todos temos de fazer um esforço para nos vermos bem no espelho visualizador e no da alma e do coração. Não atraiçoar a nossa psicometria fazendo juízos por vezes precipitados e muitas vezes injustos e maléficos para ambas as partes, no imediato ou no futuro. Parecerá uma conversa e escrita tolas, mas acreditem, foi um desabafo que estava enquistado. Agora é a vez de calar e não fazer ondas, senão eu afogo-me porque já não sei nadar, juro!
Vólena
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