Sinais

Data 05/06/2013 21:39:01 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Chove desalmadamente,
opera-se o pranto
Não fui eu
quem pediu aos céus este dilúvio
São sinais,
presságios de uma fúria assaz maior
Vozes que,
do alto irrompem e se insurgem

O mar transborda
destemido, gélidas lágrimas
Em mim,
um manto branco de hipotermia
E eu,
que não pedi este inverno de tormentas
Passo por ele
enregelada, embutida de agonia



Maria Fernanda Reis Esteves
53 anos
natural: Setúbal



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=249161