PEIXE

Data 05/06/2013 21:55:09 | Tópico: Sonetos

A pena estanca, para, titubeia;
Nenhuma idéia clara se apresenta.
Meu pensamento voa, devaneia
E sobre a beira d`água se assenta.

Sou pescador, agora, e para a ceia
Quero pirão de peixe com pimenta.
Cevo o remanso, acendo a candeia
E lanço o anzol com isca suculenta.

Esse exercício é pura paciência,
Pois tenho fome e fé em evidência.
(E a segunda, trago como lema).

Sinto um tremor mexer o molinete,
Aguço o olhar, respiro em falsete
E num rompante fisgo o poema.


Frederico Salvo




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