FUGAZ

Data 06/06/2013 17:23:45 | Tópico: Poemas


FUGAZ

Exíguo, lhe disse alguém, reflectindo sobre o tempo e algum desdém…

Mas lá foi crescendo, crescendo, consoante a terra, o húmus e as circunstâncias, aquele tronco, agora forte, robusto como a mãe…
“Sou como o espaço, o horizonte, o mundo…” rejubilou.

E foi rodando, rodando, rodando sempre, na esperança que antevia, até que subitamente se deteve junto a um amontoado de ramos frágeis, inertes, prostrados.

Aí, caindo de vez em si, decepcionado, humildemente balbuciou:
“Afinal...não passo de um segundo”.


arfemoarlindomota
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Dedicado ao VELHO LIVREIRO, Manuel Medeiros, ou ao poeta Rezendes Ventura (pseudónimo) pelas lições de vida que me tem proporcionado, ao longo de todos estes anos de convívio.






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