
Faustosos Cumes
Data 07/06/2013 23:30:52 | Tópico: Poemas
| Ô, meu amor das faces robustecidas!... É natural que minhas mãos amarelas E meus olhos vítreos cristais gigantes Quebrem cadeados e descerrem janelas Para que penetrem milhões de raios possantes Furtados das flores das alvoradas azuladas Fazendo colorados, em diversificadas pinceladas, Um mundo novo de céus e montanhas mágicas!...
Lembrando quando eu via, lá longe no outeiro, O balouçar havaiano das folhas das palmeiras, (Ou seriam coqueiros?)
De fundo, meio cinza, a silhueta de uma cordilheira Azulando todo verde monte de cravos e rosas colores: Acácias, orquídeas, tulipas, azaléias, todos os tipos de flores Enquanto na cúpula celeste amadureciam os frutos de ouro, Peixes de tonalidades violáceas e pássaros de asas de fogo!...
Impregnando todo ambiente os mais aromatizantes perfumes... Resvalando nas nuvens, roçando os mais faustosos... Cumes... Propalando o lume por todos os lados em gloriosas escamas Num mundo todo novo e encantado... Ardido e em chamas!
Por isso, olhos negros, luz de sonhos d’ouro que me alumia, Por isso é natural, Assim, recriando, Me livro do meu mal; Saio de um canto turvo, Me desvio, cantando, Do mundo escuro, Cantando a fábula da vida! A fábula da vida!
|
|