 
  
    	“ alium finem”
    	Data 16/06/2013 20:23:22 | Tópico: Poemas
 
  |  "Eu logo comecei lhe obedecendo: Nunca a memória vossa finalize! Na primeira mansão da humana raça! Mas por sóis numerosos se abalize!"
  A Divina Comédia, Inferno - canto xxiv, ver. 102/105
 
 
 
 
 
  Lembro-me vago de uma outra mulher, a quem ela amava era meu pai, ausente, deixou em nossa casa a mulher e dois filhos para com ela co habitar.   Lembro-me do quarto de minha mãe vazio da cama, metade deserta;  um ai ! a metade meio vivida sussurrava: “onde estará ? perdeu-se outra vez no mar?”
  Do escuro do meu quartinho infantil, onde vivi em pesadelos uma infância atormentada; ouvindo de minha mãe palavras sussurradas. que às vezes  de seus lábios trêmulos escapavam. teve jamais ela uma outra instância. Mas essa triste história não é nova. nem comum ou banal acumular revezes.
  Oh, este é um sofrimento que se repete há mil anos. Uma mãe carregando  um filho no colo,  agarrado à tetas, empurrando um num carrinho; na barriga, um terceiro, outro ingênuo sua vontade de vir à luz e sofrer, escoiceando. e nenhum pai. sequer uma figura impotente para dar arrimo; ser um auriga.
 
 
 
 
  [bem sei, bem sei que .....]
 
 
 
 
  não exigiria um boa educação, presentes no natal, mas pelo menos a sua  presença. Lembro bem dessas noites em que minha mãe chorava sob a luz  amarela da lâmpada . já faz tempo. trinta anos ou mais atrás. ainda me amua. ser um cúmplice da dor ingrata, felicidade ignorado não participação conduz.
  Oh, vida! não me cobre o que eu fiz, se não me fez outro que esse cruel meu destino traçado que fora e talvez agora isso não seja o suficiente! Oh, não importa o que eu fiz, o que não diria sempre vazio, o mal; o fel; acompanham-me. não salvou-me, enquanto estava florescendo ingente
  A minha infantil agonia, não levou angustias, não deu em troca um diverso. alma não está transpassada, salve-me para o fim a que estava prometido.  Tal inteira vida é uma história verdadeira e salvou-me para o que imerso,  nas venturas que se espera ao longo de um caminho ainda não percorrido .
 
 
 
 
 
  [finalmente]
 
 
 
 
 
 
  palavras amargas queimam na brisa leve, apesar das amarguras, vicejei  com físico ardor se não me levar pode ao céu, não me tirar do inferno também poderá . saiba que eu estava cantando, mas não estava feliz. Sei bem que nas incertezas, eu estava vivendo, guerreando outro ser interno.
 
 
 
 
 
  [bem se sabe que é assim, sempre ...]
 
 
 
 
 
  lágrimas descontroladas na madrugada falantes para acalmar a dor,  é clarão da janela brilho de esperança do sol apenas brilho sem ardor
 
 
 
 
  [alguém saberia um final diferente?]
 
 
 
 
 
 
 
  |  
  |