Na rua
Data 25/06/2013 21:30:54 | Tópico: Poemas
| Oferto ao meu povo A gota de sangue, de bile, Qual um novo Aquiles, O peito aberto, desnudo A encarar, no tumulto, A ira dos escudos.
Empunho cartazes, Flores e bandeiras Em meio a gases sufocantes, Mas não recuo, Sigo adiante Por avenidas e ruas.
MPL e CMP, FNDC e CTB, Sem teto e sem terra, Juventude socialista E via campesina, Marcha das mulheres Brancas ou camponesas Santas ou negras, Esperança e baluarte Para quem antes Não tinha norte ou estandarte.
Corro de tiros e bombas, Picho prédios e muros E invisto com paus e pedras Contra as novas bastilhas A oprimir com a polícia O coração que sonha Sitiado por feras.
Alimento as chamas E convoco para a briga Pois o que me inflama É a sede por justiça.
Sejam padres, putas ou bichas, Nazis ou anarquistas, Crentes ou comunistas Seguem todos, Juntos pela pista Até que retrocedam Os homens de capacete Com armas e porretes,
Até que morram todos Os opressores do povo, Deputados e senadores, Malditos saqueadores!
Tomo todas as vias Com multidões em passeatas. Resisto à cavalaria Com fogo e barricadas E à tropa de choque Com coquetel molotov.
Verás que um filho teu De nada foge E que o povo unido Tudo pode,
Porque a nossa luta Não é por um quinhão, Por míseros centavos, Mas para extirpar Conluios, vis condutas, Corruptos ignavos E o espírito escravo Do seio da nação.
|
|