Um sem abrigo que canta

Data 27/06/2013 16:33:25 | Tópico: Poemas

Ó sem abrigo que cantas
E jogas nas pombas tua vaidade
Migalhas de sol na cidade
Saídas dos sacos que jantas

Teu alvo bigode aparado
Reluz em face trigueira
Na gente que à tua beira
Te julga num mau bocado

Mas os gestos de semeador
Ainda te saem graciosos
Em tónica bem definida

Meus olhos da mesma cor
Descobrem nos teus, idosos
A força estranha da vida


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=250638