Asa que jamais dormita

Data 04/07/2013 00:05:47 | Tópico: Poemas

Cubro-me de branco, é luto e saudade
Branco das cores que auxiliaram a vida
Orvalhos são lágrimas sem terem idade
No brilho dos olhos, porta aberta e saída

No meu peito aperta, saudade e breu
Todo o traço e sorrir me faz tanta falta
Memórias escritas d´um gesto só seu
Anjos são festa, asa que jamais dormita

Sinto o embalo quando a noite arrefece
Levanto-me ao ar em música e benefe
Num colo enorme que nunca se esquece.

Traçado na mão por quem deu a linha
Palavra sentida, gravada e pequenina
Escrevo-a é Pai,palavra colossal,minha.

Cristina Pinheiro Moita /Mim/



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