Más-linguas

Data 21/12/2007 00:23:50 | Tópico: Sonetos


Cresce-me um augúrio sem fim
Por me saber tão badalada
Se pelas más-línguas sou odiada
Porque se lembram de mim?

Que me censurem, que me ponham defeito,
A inveja é neles doença incessante,
É verme, rasteja de mim distante…
E as injúrias… não se acomodam em meu peito!

Enquanto meu coração assim sentir
Não será por alguém sobre mim mentir,
Que me tirarão a calma!

Mas por tal, não me apregoo perfeita…
Pois até a mais pura alma,
Se o afirmasse, seria suspeita!


Fátima Rodrigues


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