
Introspectiva
Data 20/07/2013 14:27:03 | Tópico: Poemas -> Introspecção
| Sinto no meu difícil respirar ar seco, talvez de angústia, ou ansiedade que não sei explicar, só sei que me deixa a voz sem acústica.
Sinto no peito uma pressão dorida, será deste tempo estival, sem sol ou de alguma amargura sofrida que me navega neste mar sem farol.
Queima-me a pele, pela paixão calada de um amor esmorecido, em luar de agosto, nas palavras sem vida de canção acabada, que sulcaram no meu coração, profundo desgosto.
Olho em volta de mim e nada vejo, o colorido da vida, para mim, escureceu, com muita dor, sinto a falta de um beijo, acho que não existo, meu corpo morreu.
Minha mente teima em querer pensar, no tempo em que o amor era palavra sentida, minha alma cansada, deixou de chorar, com tanta dor, sente-se totalmente perdida.
No meu coração dilacerado, as lágrimas secaram, é agora, rio seco de afiadas pedras em seu leito, correm nele, amarguras que da nascente brotaram e enchem de dor e sofrimento meu dorido peito.
Quero esquecer esta tormenta e esperar a bonança, tudo na vida tem principio, meio e fim, creio eu, espero encontrar neste meu tempo, a esperança, que a felicidade surja do luar e ilumine este breu.
José Carlos Moutinho
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