
cidade dos mortos
Data 23/07/2013 14:12:12 | Tópico: Poemas
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Como o homem ferido, deitado na relva, o peito aberto por estilhaços de aço, percebo o mundo que parece estranho, sem entender a mudança repentina.
As mãos cruzadas, o olhar costurado, submisso na mais cativante maldição, como saturado por um mau-olhado . Onde está a ternura da mão amiga, queria que voltasse verdadeira e afável.
Nem a chuva fina que umedece a relva, consegue trazer uma doce esperança, de poder em breve deixar esta cidade, e voltar para ver imagens queridas .
Eu minto se disser que não vou chorar , mas aqui nesta cidade tão distante, esta campa rasa, não é a nossa casa, não há um jardim onde correm crianças. Mas é um lar, pra mim é um lar, para meu corpo tão exausto repousar.
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