Calo-me para que não oiças o gemido

Data 24/07/2013 15:26:45 | Tópico: Poemas -> Amor

Calo-me para que não oiças o gemido

nem sintas o uivo do vento na tua face ausente

para que eu te possa escutar, fecunda dum olhar… quente



Calo-me…de tantas vezes que choro, sem soluços

como quem pede uma prece, calando o verbo inerte

no sepulcro silente dos meus lábios, incongruentes



Calo-me no fulgor da palavra, despindo a madrugada

numa quietude perigosa, lavrando o poema cansado

e no silencio visto-me subtilmente, do verbo ainda quente.

fluindo centelhas nos olhos esquecidos, longínquos de ti



Escrito a 24/07/13



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