
quando semeias os ventos
Data 31/07/2013 20:03:36 | Tópico: Poemas
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E, quando semeias os ventos que ondulam algumas searas adormecidas,
galopam cavalos loucos pelos areais distantes, que se aproximam pelos sons em silêncio,
,e sinto-te mar, quando me naufrago pelas palavras.
Observo o cansaço em vão, visito botequins abandonados, miro relógios parados sem irritantes ponteiros, garrafas vazias, o vinho derramado
dos tempos infinitos findos e recomeçados, distanciados de um cais a ruir, redutores que sejam nesses nadas sem significados.
Fala-me do grito dos lírios, das ruas e vielas, dos rios que nascem do mar entrincheirados pelas margens.
Fala-me desse outro que nasce neste eu moribundo.
(Ricardo Pocinho)
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