Que ternura

Data 01/08/2013 20:00:05 | Tópico: Poemas

Que ternura

Aconteceu num dos meus passeios matinais,
Percorria eu, uma vereda húmida e areada.
A aragem era fresca, agitada pelo vento,
Aconcheguei o casaco, um pouco alheada.

De súbito, ouvi um pipilar constante.
Parei, a minha curiosidade perscrutou.
O som vinha de um carvalho ramalhudo.
Afastei os galhos a e minha mão procurou.

Um ninho pequenino, estava alcandorado.
Os pintassilgos piavam agitados, medrosos.
Um gato olhava-os impiedoso, aprontado…

Enxotei-o com cuidado, alguma brandura.
Duas aves chegam alertadas ao aflito chamado
Veem em socorro e cobrem os filhos de ternura.

Vólena





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