
Zé
Data 17/08/2013 10:03:13 | Tópico: Poemas
| Zé
Zé meu pequenino Zé de olhos pasmados a perfurar o céu... Aqui, te mando a carta escrita há tanto tempo na era das coisas só segredo... Lembraste Zé? Ainda não morreu a tonta professora a prometer o Sol cheia de medo. Mas, agora, meu pequenino Zé, vamos correr, saltar, cantar à Terra a nossa liberdade sem segredo... Vamos pedir aos homens uma escola viva sem fantoches a servir de santos sem fantasmas a pedir sinais! ... água que mate a sede ... pão que sacie a fome ... roupa que agasalhe corpos ... justiça que perdoe ... ciência que congregue ... trabalho que redime (Ó Zé, para quem vive tão pobre não é pedir demais...)
Meu pequenino Zé Não te esqueças de gritar caminho fora contra o ódio que só destrói a paz contra o rancor que só separa irmãos... (onde está a canção dos homens bons?)
Milionário duma verdade viva vamos pedir aos homens que gravem à porta das escolas os direitos roubados à criança... Vamos gritar Vamos dizer (flores na mão... flores na mão... flores na mão...) Não matem a Esperança! Não matem a Esperança!
Maria Helena Amaro Junho, 1974 http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2013/08/ze.html
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