Orelhas a Burro

Data 20/08/2013 10:05:59 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Desculpem o vômito da carne podre que não desceu.
Do sapo que não passou pela garganta.
A explosão da raiva,
os dizeres impensados,
cuspidos e escarrados,
e seus ecos débeis.
Perdoem o ridículo,
a bagunça no circo
e os palhaços sem graça,
sem brilho, sem cor...
Nem os narizes vermelhos.
A briga boba por nada,
a conversa bestas, fiada
e por ignorar o conselho,
tanto zunido, barulho:
Quem empresta orelhas a burro
fica com elas espichadas
e quando perceba a mancada
tá parecido com ele.
E acaba também dando coices...
e relinchando.




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