 
  
    	A mediocridade é um prato azedo
    	Data 04/09/2013 08:41:08 | Tópico: Poemas
 
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  É fácil filosofar em retorno da vida alheia, sugerir, impor, opinar, é tão fácil; tudo parece tão simples. As estatísticas são sempre tão certinhas como as abóboras do quintal do vizinho, a caírem de podres. Deitam-se milhares de empregos ao lixo e um saco cheio de operários manifesta-se dentro do silêncio alheio, e os chulos continuam no comando com fortunas avultadas. As gerações já não se distinguem, vivem à rasquinha, neste meio de falsa democracia vendida às prestações. Bendita seja a mediocridade e o prato azedo onde as moscas repousam, bendita seja a bondade dos miseráveis, e a leis marcianas neste planeta dos macacos. Voltamos à diferença dos quadrados enquanto os binómios ao cubo se elevam de qualquer forma.   
  Conceição Bernardino  
 
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