ESQUECIMENTO

Data 04/09/2013 23:42:18 | Tópico: Poemas

.
E lá no final,
ela descobriu
que era igualzinha a todo mundo:

sem sonhos,
sem palavras com açúcar,
sem acontecimentos.

Decididamente,
fechou a porta,
as janelas
e acabou de uma vez por todas
com todas as oportunidades da ilusão.

Parou com esse negócio
de segurar a mão
e de buscar poesia na boca dos outros.

Parou de querer
começo, meio e fim.

Ainda não sabe se este
é o caminho mais curto para morrer.
Ainda não sabe quase nada,
nem mesmo o que já sabia
quando o sinônimo de não
era sempre sim.

Mas, amanhã é outro dia
igualzinho a hoje.
(para fazer o que mesmo, hein?)




Karla Bardanza


Copyright © 2013 Karla Bardanza




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=254821