guarda 'meu amor', oh rio!

Data 17/09/2013 15:35:32 | Tópico: Poemas



desce me a vértebra vindo
sinuoso de ravinas abertas
e de palavras escapulidas de janelas
que olham o mar onde se entregas
pra filhar (mais) um rio;
entregue ao sol
e às chuvas dividindo (o) em dedos
feito luva a esticar se em proteção
a lago que parece parado
- mas dentro dele; intensa rebelião -

entranhas tumultuadas de paixão
que se esvai em canal boquiaberto
- ducto frenético –
aberto d’ um leito
espremido do peito

um rio de desejos com braços abertos
rumando forte e cego ao tempo
fragilizando o amor
estampado em rosto
a descoberto...







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=255509