Mão murcha

Data 30/12/2007 12:16:57 | Tópico: Prosas Poéticas

Tocam os sinos ao longe anunciando a manhã suspeita, despe-se então a alma contrafeita e a mão que em alarme se revela um equinócio de contrapartidas, mundos perfeitos, alucinados, contrafeitos, segura um ramo de rosas murchas, sacudidas pelo vento que a aurora levantou em forma de suspiros medonhos.
Curvo-me ao som inquieto de um beijo, balanço as lembranças e as memórias das mesmas como poemas que a mão escreveu na pressa de um sorriso, parto ao meio a tristeza desfeita pelas mãos da ausência e sem destino certo vagueio como andorinha anuciando uma Primavera de sonhos e verdades mansas.

Mão que se abre em dádiva esperando que as rosas não murchem mais nos corações inteiros...




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