
UM UIVO NA SOLIDÃO
Data 30/12/2007 16:36:06 | Tópico: Poemas -> Tristeza
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Numa grota bem deserta desse sertão onde ate as estrelas curtem a solidão, o curiango, solta triste o seu piado... Que corta, esse silêncio da imensidão que faz chorar o meu coração, que ecoa, sobre um luar tão prateado...
A lamparina, junto a esse caramanchão tem por companhia, lua e constelação, e ao longe, tristes piados no deserto... Eu sinto, na calmaria desse torrão com o luar, com seu suave e belo clarão que seus piados, me parecem tão perto...
Já ó ouví, em tantas noites de escuridão como se chamase, por uma paixão, onde, mais nenhum outro som existe... É melancólico, como se fosse uma canção como se tivesse chamando por seu irmão, fico ouvindo, o seu piado tão triste...
Nessa silenciosa madrugada de verão esta quieta, ate as águas do ribeirão, mas ele esta lançando no ar a sua dor... O lamento, dessa ave do grotão parecem vagas notas de um violão, que tenta encher, a madrugada de amor...
São noites e noites, chamando em vão chamados, que devem chegar a plutão, mas são, so endereçadas ao luar... Nas trevas, onde ele busca sua proteção parece, os pedidos saidos de uma prisão, como se implorando, para alguem voltar...
Bem ao longe, o triste uivado de um cão e seguido pelo relincho de um alazão, talvez pedindo, para o curiango ir embora... Deve estar entristecendo a audição ao invadir os ermos tristes desse mundão esses dolorosos piados...De quem chora...
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