O trigésimo texto de despedida do luso …

Data 05/10/2013 08:16:07 | Tópico: Poemas




Agradeço aqueles que fizeram um esforço para escutarem as letras do meu coração...

Chegou a hora de embarcar no banco velho de um jardim e me tornar num célebre sem-abrigo …

Peço desculpa a todos, pelo egoísmo das minhas palavras e pelos erros ortográficos …

Não seria justo ficar… afinal o luso é um lugar de gente bonita, com almas desabotoadas onde se pode ver os íntimos mais bonitos do mundo ….

Eu apenas usei este lugar, como “fraldário” da minha esquizofrenia poética, esquecendo a humildade do coração …

Deixo um último texto que fala de um destino próximo :


Sem abrigo se abriga nas estrelas sóbrias, porque foge de um lugar descontinuado, vazio e frio chamado coração humano…

Existem luzes gaiatas nas madrugadas, “sardeando” os homens estátua,que se abrigam no céu arruado de estrelas nuas e expostas …

Estrelas mudas, surdas, que retribuem silêncios num piscar de olhos …

Olhos esses que secaram por culpa das criaturas perfumadas, que se enfeitam com cores e tecidos na pele …gente de porcelana fina que têm medo de se partir.

Criaturas que julgam e ignoram, fechando todas as portas até as do coração …

Afinal, criaturas que vivem agrupadas numa colmeia de merda, que todos fingem ser mel, mas a verdade é que se cagam uns para os outros …e num piscar de olhos retribuem tanto barulho, para sobrar apenas silêncios, vazios e frios …

Por isso, quanto olhar para um sem-abrigo e imaginar o frio que ele passa; olhe também para alguns corações à sua volta e perceberá, que existem pessoas que transformaram seus peitos em autenticas arcas congeladoras, onde nada cresce, apenas rochas de água e ramelas de cotão …

Afinal sou uma dessas criaturas, que culpa todos, até a EDP por não ter cortado a luz...

Por isso não perca tempo é urgente amar …





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