Nenhum ano novo

Data 31/12/2007 17:17:52 | Tópico: Poemas -> Reflexão

À beira de um ano novo
acende-se o lume
apaga-se o fogo.
Ateia-se a chama
desvenda-se o ciúme
faz-se tudo de novo.

Fermenta o destino
a labareda do povo
que salta o abismo.
No repique do sino
sente-se o orgasmo
e chega-se ao cume.

Sentado ao lume
sem fogo e com fome
que resta do mundo
para onde vai o Homem?

Alexandre Reis
Salobrear



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