A gotejo

Data 23/10/2013 20:15:04 | Tópico: Poemas -> Reflexão

Mato a gotejo
A sede que me consome
Irrigo, assim, o volume sanguíneo
Com o aspersor da saciedade
Tudo o mais é estio da alma.
Improviso os meus cansaços
No fundo, sei que não são reais
São fruto de genes ancestrais
Rotinas que arrasto como fardos
Um conta gotas de ansiedades
Medos que me assolam como cardos
Sonhos que vivo pela metade
Porque a minha mente
De impaciente já não dorme.

Maria Fernanda Reis Esteves
53 anos
natural: Setúbal



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