O degredo é maior que as cicatrizes lançadas ao mar

Data 01/11/2013 22:47:20 | Tópico: Poemas


















No redemoinho das águas
Existem murmúrios de dor
Nas marés em desalinho

...

A solidão acompanhada
É pior do que está sozinho
Esperanças se fazem sintonia

...

Ainda que em segredos de medos
E degredos das orquídeas...
Meio que sem farol
Pra mostrar o rumo a seguir

...

Há uma nau sofrida
E cansada mais teima em navegar
Em correntes torrenciais
...

O silêncio enlouquece
As quebra-duras do casco
Onde sem teu amor

...

Teme em naufragar
Tentando não partir
Não resistir ao nevoeiro

...

Que se faz diante do petroleiro mar
Por vertentes adversas que imploram
O sacrificar de uma espuma do mar

...

Que unicamente quer ter o direito
De ser feliz e poder nadar sem agruras

...

Com o lastro que sustenta
E se faz suficiente no existir
Onde o farol ainda que distante
Dá a força necessária pra respirar

...

Mesmo que não tenha a força
O farol é esperança de bonança
No porvir do amanhã

...

A deriva segue o casco
Com o coração rasgado
E sem mágoas, pois sabe
Que o degredo do ser amado

...

E maior que as cicatrizes
Que lançara ao mar
No querer respostas do seu AMAR

...

Que é seu fado traçado do além mar
Donde deixará de ser prisioneiro
De chantagens medonhas
E terá a liberdade de poder voar

...

Com as gaivotas ainda que estando longe
Do mar que nascera
A dor da saudade impera

...

E tirará a mordaça que o impede
De expressar
Seus verdadeiros sentimentos

...

Gritando o seu lamento
Na liberdade que tivera
E serão para sempre felizes
Cada um em sua essência

...

Curando enfim suas cicatrizes
Que sangram e os fazem calar

...





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