A maldição dos amantes

Data 02/01/2008 20:59:40 | Tópico: Poemas -> Amor

Água benzida pela luz
Estende-se por incontáveis espelhos
Brinca na indolência dos espectros
Enlaça desenlaça abraça
Enfeitiçados seres submersos
em voos nupciais.

Fechaduras fechadas
Olhos queimados
Tacteiam a consumação
Sem problemas de expressão
No ritual do corpo que desenha
em apertada copúla
A força do fio negro da luz
cadente potente latente
Rasga rompe corrompe
o ar que se dobra para dentro.

Cai fundo na sua própria loucura
Afogando-se na saliva
Cravando dentes
Deixam leve fluente hifen tatuado
Suga até o fel da medula
Esculpindo o vício da morte
que nos cobre em rodopio
Calados, escondidos da mesquinhez pequenez
Fede a lucidez dos aguilhões
Na sua usura para forjar na carne
a nossa sina...A Maldição dos Amantes


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