Derradeiro estirão da atalaia

Data 07/11/2013 09:09:58 | Tópico: Poemas

Bélicos os cantos repercutem para se volverem lutadores,
são frontes altivas, ara nas ramadas no bruno sossegado.
Camaradas a trovar, prófugos para se verem Vencedores,
a tal baldio redor, tosca a fogueira dá o lume improvisado.

Mal acesas as chamas, de subitâneo, rude vem o vento,
defraudar a flama, legando negro aquele cavo noturno,
atrás do quinhão da floresta, canchas vazias, desalento,
O Silêncio; cruciante ultimar meio ao pez o Ultimo Turno.

No breu, por triz não congela o sangue em meio à treva;
granjeando caiar pejado rubor, ali frouxos os braços eleva,
ora inclina vexada face, acamando o mento contra frio peito.

Espinhosos os passos, soam-lhe como pernas engastadas,
em tonéis de chumbo permitissem movimentos pausados;
estorvos os encontra para mover os pés, aprontar o Preito.







Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=258185