
,fica-me sempre o mar das longínquas margens
Data 08/11/2013 19:46:55 | Tópico: Poemas
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e vejo-te como o arco-íris que renasce depois da procela tremenda, e desapareces, pelo primeiro olhar da tarde que se acinzenta.
,não sei de mais nada, mesmo que o pensamento voe mais depressa que os ventos, jamais saberei falar-te do amar, ou citar lamentos por metros de papel molhados em lágrimas difusas,
,fica-me sempre o mar das longínquas margens.
,observo a rapidez do raio, dos cometas sem destino, sem precisar imaginar o verso que me revolve as entranhas,
sabre afiado golpeando as nuvens já ali, cortando nevoeiros infinitos soprados por adamastores loucos, libertando valquírias para servir aqueles que morrem em combate,
e combato-me todos os dias,
por não querer viver intensamente os olhares.
,sem espaços, mas os horizontes resistem,
atropelam os sonhos, porque não o corpo já gasto, e dizes-me que sempre ouvi o ondear constante mesmo nas combustões que envolvem rapidamente esta pele gretada pelo salso reino.
Seja-me permitido ir. [Seja-te o acordar essa suave migração do desejo].
(Ricardo Pocinho)
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