Com a vista úmida, viver entre eles.

Data 11/11/2013 08:21:23 | Tópico: Poemas


Eu ainda me lembro,
não há uma montanha,
em seu pé há um fluxo,
verdejante prado.
Essencialmente o mesmo,
não é a estranha,
infantil, infeliz, uivando,
só alastra o brado.

Então clama o rei,
aos mergulhos sob a chuva,
rápido corre a balsa,
de onde um rugido sai,
um grito terrível,
em dupla deixa alma viúva,
na parte inferior,
do leito de relva é o pai.

O vento vem,
refresca o bosque em curvas,
a folhagem apodrecendo,
urro da terra úmida.
Aí, em seguida, no breu,
singrar águas turvas.

Nos frios filetes
das folhas de flandres,
anos vão passar,
até mudam a vista túmida,
vivendo entre eles
até a morte nos estandes.




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=258336